É cada vez mais comum a ida de mulheres aos consultórios médicos com queixa de queda de cabelo lenta e gradual, com rarefação capilar e afinamento dos fios, principalmente na região frontal do couro cabeludo. Essa condição é chamada de alopecia androgenética feminina.
Contudo, outras formas de queda de cabelo também têm sido diagnosticadas com maior frequência, como o eflúvio telógeno e a alopecia frontal fibrosante (AFF) — esta última, um tipo de alopecia cicatricial que também afeta principalmente mulheres, sobretudo após a menopausa.
A alopecia androgenética feminina é um distúrbio hereditário e, muitas vezes, pode estar associado a fatores hormonais, tendo como principal causa a sensibilidade à ação do hormônio DHT (di-hidrotestosterona). Quando isso ocorre, há miniaturização e afinamento dos fios, levando à rarefação progressiva. Em geral, a condição afeta mulheres na menopausa, mas também pode surgir em idade fértil, de forma precoce.
O importante é observar que nem sempre esse tipo de alopecia se manifesta com queda volumosa. A principal característica está no afinamento contínuo dos fios, até que o folículo seja obstruído, impedindo o crescimento capilar. Na calvície feminina, a queda se concentra na parte superior e na coroa da cabeça, com a manutenção da linha frontal.
Além da alopecia androgenética, outras condições podem causar queda capilar em mulheres, como:
Em todos os casos, o diagnóstico diferencial feito por um profissional é essencial para indicar o tratamento mais adequado.
O diagnóstico precoce da alopecia feminina é fundamental para o sucesso do tratamento. Observar o histórico familiar, prestar atenção à densidade e espessura dos fios e buscar auxílio especializado aos primeiros sinais de queda ou rarefação capilar são passos importantes.
Embora não exista cura definitiva, há diversos tratamentos que podem ajudar a recuperar parte dos fios perdidos, fortalecer o cabelo e retardar a progressão da queda. Os protocolos são individualizados e variam de acordo com o tipo de alopecia identificada.
Entre as abordagens mais utilizadas, estão:
Nos casos de alopecia frontal fibrosante, o objetivo do tratamento é controlar o processo inflamatório e impedir a progressão da perda, com opções como corticoides tópicos, imunomoduladores e acompanhamento clínico contínuo.